terça-feira, 27 de março de 2012

George é para quem pode




Kieran Donahue, diretora de brand marketing do Hilton, é uma entusiasta do branded entertainment. Em apresentação na Custom Content Conference, ela contou que a rede hoteleira prevê mais investimentos em branded entertainment, engrossando as estimativas de US$ 38 bilhões  que as companhias americanas devem investir na modalidade no biênio 2012-2014. Para ela, esse é um elemento importante no mix de mídia da rede hoteleira. “Interagimos com marcas como indivíduos todos os dias”, explica.

O produto que tem nas mãos favorece o desenvolvimento de histórias: inúmeros serviços, belas paisagens  e as incontáveis possibilidades com o tema viagem.  Apesar de o universo da marca ser bem propício para o desenvolvimento de conteúdo de marca, nem todas as histórias que chegam à mesa dela são executáveis. “Falo muito mais não do que sim”, diz.

A executiva ressaltou que a marca precisa se associar a projetos de ampla distribuição. Não por acaso, no portfólio de branded entertainment da marca estão superproduções como a série “Hawaii Five-0”, o longa “Amor sem Escala” (as mulheres certamente concordam comigo que o George Clooney usando um roupão com o logo da sua marca não é para qualquer um), o reality “Top Chef” e o patrocínio do Grammy.

Por que o entretenimento de marca é tão importante assim? Kieran explica que o dinheiro investido em comercial tradicional morre assim que o break acaba. Marcas que carregam conteúdo vivem , viajam e chegam em efeito cascata a outras mídias.

Kieran ainda enumerou outras vantagens: o conteúdo é sempre único, comunica os atributos da marca dentro de um contexto, pode fazer parte de negociações entre empresas de mídia e conferir valor de produção.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Impacto psicológico



Os americanos ainda estão sob o impacto emocional da crise financeira de 2008, explicou o economista Dennis J. Jacobe, da plataforma de pesquisa Gallup (www.gallup.com), que realiza enquetes diárias com o objetivo de traçar pananoramas econômicos e sociais com base nas respostas. Segundo Jacobe, a exemplo do crash de 29, a crise financeira de 2008 provocou um impacto psicológico nas pessoas e isso deve durar mais quatro ou cinco anos.

Em 2008, quando questionados sobre como preferem empregar sua renda, economizando ou gastando, 53% dos americanos preferiam economizar e 44% gastar. Já em 2011, 64% preferiam ecomizar contra 36% que ainda preferiam gastar. Para a pergunta era o quanto você gastou ontem, excluindo os gastos de manutenção da casa, gastos com transporte e contas pessoais, em janeiro de 2008, a média era de US$ 106. Já em janeiro de 2012, a média para a mesma pergunta é US$ 63.

Jacobe alertou para o fato de que esses resultados estão repercurtindo em todos os negócios, mas pode favorecer o custom contente, já que o novo cenário obriga as empresas a desenvolverem planos estratégicos para se comunicar com clientes e consumidores, tendo em conta os aspectos emocionais do engajamento deles. Isso é na maioria dos casos mais fácil de se conseguir com a comunicação dirigida do que com a comunicação de massa. O mercado brasileiro é diferente e vive um momento diferente, mas vale pensar sobre isso: o conteúdo de marca pode ser uma solução mais barata e eficiente.
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