sexta-feira, 18 de maio de 2012

Mensurar é indispensável

O chef Bobby Flay participou do branded entertainment "The Real Food Project", criado para a Hellmann's


Quem investe quer retorno. No branded entertainment não é diferente. A segunda parte do manual da Ogilvy Entertainment, “Making magic, using logic”, fala sobre mensuração.  Para mensurar os resultados, em primeiro lugar, é preciso ter em mãos o checklist com as definições das metas de campanha que eu abordei no post anterior, quando falei de planejamento. A agência criou um ranking próprio de atribuição de pontos para os projetos de branded entertainment, mas o mais importante é ter informações anteriores, um benchmark para referências e os resultados após a ação para efeito de comparação.

Um case mencionado no manual é o “The Real Food Project”, da Hellmann’s. Desde 2007, a marca de maionese lidera o movimento Real Food nos Estados Unidos, entendendo que o desejo de muitos consumidores era ter refeições com ingredientes simples e frescos. Em 2010, a marca queria aumentar as vendas e ainda encontrava algumas barreiras entre mães com dificuldades em alimentar adequadamente suas famílias, devido ao tempo e ao dinheiro.  O objetivo primário, no entanto, era o crescimento da marca na categoria. O secundário era enfraquecer as barreiras para a compra.

A estratégia de branded entertainment foi uma parceria com o célebre chefe de cozinha Bobby Flay para uma web série de 14 episódios. O conteúdo foi ao ar no site do projeto (therealfoodproject.com) e no canal iTV. Veja alguns resultados da campanha:
- O volume de vendas de Hellmann's aumentou 4% em relação ao ano anterior. A média da categoria foi de 1%;
- Em 2010, a Hellmann's iTV registrou 3,6 milhões de visitas voluntárias. O benchmark fixado foi de 1,8 milhões,  o registrado pelas marcas de alimentos da Unilever;
- Os visitantes passaram em média 7,23 minutos assistindo aos vídeos contra os 4,82 esperados.
- Em relação ao game que o projeto apresentava aos visitante, 89% dos consumidores jogaram do começo ao fim em comparação com os 45% estabelecidos pelo benchmark.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Planejar é preciso

Campanha "Make it Possible", da Coca-Cola Zero: objetivo era fortalecer a preferência da marca e o seu posicionamento 

Minha colega de trabalho e amiga Daniele Frederico fez a cobertura para a Tela Viva das palestras sobre branded entertainment no MipTV, mercado de conteúdo que aconteceu em abril em Cannes, na França, e me deu uma espécie de manual chamado "Making magic, using logic",  que ela ganhou da Ogilvy Entertainment, com dicas bastante úteis de planejamento e mensuração em branded entertainment.  Separei algumas considerações importantes sobre planejamento para este post. No de sexta vêm as de mensuração.
A agência recomenda que quatro passos sejam tomados para o planejamento de branded entertainment:
1)      Definição de um objetivo principal para a campanha, que pode ser alcance (aumentar o brand awareness em X%), preferência (aumentar a preferência da marca em X%) ou ação (aumentar as vendas em X%). A campannha pode ter um objetivo principal e um secundário.
2)       Determinar qual é a principal plataforma que vai entregar o programa de entretenimento.
3)      Determinar o que a Ogilvy chama de Branded Entertainment Mix, que é composto de exposição (inclui relações públicas, mídia paga, distribuição, formatos multiplataforma); entretenimento (celebridades envolvidas, qualidade da produção de conteúdo, engajamento) e marca (desenvolvimento da história e incorporação da história da marca, ativação de vendas, promoções).
4)      Fazer um checklist com todos os objetivos do programa e estabelecer um benchmark para poder comparar os resultados.
No guia da Ogilvy, tem o exemplo do projeto global da Coca-Cola Zero, o Make it Possible, cujo propósito era fortalecer a preferência da marca e o seu posicionamento e a prioridade era o entretenimento. A ideia central do projeto é de que toda ação começa do zero e uma marca global como a Coca-Cola poderia encontrar pessoas apaixonadas com projetos apaixonados e ajudá-las a transmitir suas histórias. A marca propôs aos consumidores que criassem uma dança do zero e o vencedor participaria de uma camapanha mundial. O vencedor é Joey, que criou ma dança maluca chamada “toe-tappy”.

Uma das maneiras que a Coca-Cola tem de trabalhar comunicação por conteúdo é essa linguagem meio documental, com histórias reais muito bem selecionadas, o que me parece muito interessante. Vocês também gostam?

segunda-feira, 14 de maio de 2012

No topo do pensamento

Net tem uma plataforma de conteúdo na web, a InterNET-se


Saiu na semana passada a lista das marcas escolhidas na sexta edição da pesquisa Top of Mind da Internet. Conduzida pelo Instituto DataFolha, a pesquisa é semelhante à Top of Mind tradicional, cujo propósito é saber qual é a marca que está no topo do pensamento do consumidor em determinadas categorias. No caso do Top of Mind da Internet os entrevistados são maiores de 14 anos que acessam a Internet em casa pelo menos três vezes por semana e as categorias pesquisadas são 22 com mais cinco categorias especiais.

Aqui você pode conferir a relação completa dos vencedores. Olhando para lista, consigo identificar, sem recorrer a qualquer pesquisa, sete marcas que trabalham com branded entertainment ou custom content: Nike, Visa, Gol, Nestlé, Natura, Coca-Cola e Oi. Uma marca que me chamou a atenção foi a Net, a mais lembrada na categoria heavy user, que considerou somente entrevistados que acessam a Internet diariamente.

Acredito que apesar de este Top of Mind ser focado na web, as informações da marca que chegam ao usuário por outros meios também exercem influência. A Net, como venho observando há algum tempo, criou um conceito forte de comunidade no ambiente on e offline com o slogan “O Mundo é dos Nets”. Como já vimos por aqui, apelar para o senso de comunidade é uma estratégia muito importante para se fazer o branded content. Outro ponto a favor na relação marca e conteúdo é a oferta de serviços. A revista Monet, customizada da operadora feita pela Editora Globo, traz, desde 2003, os destaques da programação da TV paga, além da grade de programação dos canais da Net. Em 2010 , a operadora fez uma ação de branded content na televisão. O programa de 16 episódios “InterNET-se”, tinha como proposta ensinar o usuário a usar os recusos da web foi criado pela Content House e foi ao ar pela Rede TV! Este ano, o programa ganhou continuidade em uma plataforma de conteúdo na web.

PS: Minha amiga Bárbara Sacchitiello mandou em um comentário um link que mostra que aquela campanha da Natura sobre a qual comentei por aqui foi eleita pelos leitores do Meio & Mensagem a melhor campanha brasileira de 2011. Veja!
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