sexta-feira, 13 de abril de 2012

Lição da TIME






Quando se trata de revistas, beleza é fundamental. Penso que quem decide investir em um veículo de periocidade razoável e custoso, já que inclui tinta, papel de qualidade, manuseio, sistema de distribuição, tem obrigação de fazer direito e oferecer um colírio para os olhos dos leitores. Seja uma publicação tradicional ou customizada, é importante ser visualmente agradável. Achei muito boa a iniciativa da organização da Custom Content Conference de levar o diretor de arte da TIME, D.W. Pine, para uma palestra sobre design de conteúdo impresso e versões eletrônicas das revistas, o que não pode ser esquecido na era dos tablets.
Acho que duas coisas da palestra de Pine valem muito a pena ter em mente. A primeira delas é a valorizarização dos talentos. "O que faz toda a diferença tanto no iPad quanto no impresso é gente. O fotojornalismo da revista é adorável", disse. Viva os bons fotógrafos!
Pine contou que, com um material visual já rico no meio impresso, não existe uma grande dificuldade técnica em transportar o conteúdo para suas versões eletrônicas para tablets. O grande diferencial dos tablets. A maior dificuldade é gerar o conteúdo que vai permitir aos usuários aproveitar as funcionalidades do device que não são possíveis no papel. "Tem que investir na qualidade de vídeos", afirmou Pine. Ele contou que no ano passado, a revista fez uma parceria com a HBO para produzir uma série de vídeos com depoimentos de sobreviventes do 11 de setembro. O conteúdo, além de ser disponibilizado na versão eletrônica da revista e ter sido exibido em um especial para o canal, rendeu material para uma exposição. Veja aqui: http://www.hbo.com/documentaries/beyond-9-11-portraits-of-resilience/synopsis.html

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O impresso vai bem, obrigado

Falei no post anterior sobre a escalada do vídeo no mundo do custom content e darei bastante atenção a isso mais para frente, mas como fanzoca dos meios impressos (gosto de jornal, amo revistas!) fiquei muito feliz ao constatar a longa vida do suporte de papel.  “O impresso vai bem”, afirmou Simon Leslie, diretor da INK, uma empresa de custom content com base em Londres e escritórios em Nova York, Atlanta e Cingapura, que tem como proposta produzir conteúdo para conectar empresas e viajantes. O principal filão da empresa são as revistas de companhias aéreas. Entre os clientes estão Air France, KLM, easyJet.
Segundo o estudo anual do Custom Content Council, os conteúdos impressos vêm apresentando alguns declínios. O número de títulos por empresa caiu de 1.7 para 1.4 e a média de tiragem também foi de 52 mil para 47,5 mil exemplares. O número de títulos impressos caiu de 110 mil para 88,5 mil. No entanto, os publishers têm bastante confiança na força do impresso. Leslie concorda que a fase de ouro, entre 2003 e 2008, quando o grupo lançava em média uma revista a cada quatro semanas, passou, mas acredita que isso não significa o fim do conteúdo no papel.  Na Custom Content Conference ele apresentou um vídeo, “The Jorney”, produzido pela empresa, que é uma apologia ao conteúdo impresso. Com a autorização e “encouragement” do próprio Leslie, compartilho o vídeo aqui no blog.
Printers, keep on printing. Writers, keep on writing. Please!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dados de mercado


Estou de volta e acho que é válido um post com dados de mercado para se ter ideia do tamanho da indústria de custom content nos Estados Unidos. Durante a Custom Content Conference, em março, o Custom Content Council divulgou o estudo anual “Characteristics Study: A Look at the Volume and Type of Content Marketing in America for 2012”. O estudo mostra que a média de gastos com o custom content é de US$ 40.2. Há alguns dados interessantes sobre as plataformas usadas para a distribuição do conteúdo. Apesar de o impresso ser o meio no qual as empresas mais investem (US$ 23.6 bilhões), existe um interesse crescente por vídeos. Entre os marqueteiros entrevistados, 52% disseram que já usam o branded video e 54% têm intenção de usar ainda mais. 

Hoje, 87% das empresas usam meios impressos para distribuir conteúdo e 82% fazem uso de web sites. Comparando os resultados dos últimos três anos, o impresso apresenta queda de 91% para 83%, enquanto os vídeos cresceram de 37% para 52% e o e-mail foi de 66% para 71%. Do total do orçamento destinado às ações de marketing, 26% tem sido dedicado ao custom content.

Há ainda outras informações que pretendo trabalhar em outros posts, mas acredito que o que se pode apreender desse panorama é que, ao contrário do que muita gente pensa decretando a morte do impresso, ele ainda recebe muito cuidado, atenção e investimentos. Um publisher que trabalha somente com publicações B2B me disse que as pessoas ainda gostam da apresentação do conteúdo no papel. Dá o mesmo trabalho de produção, mas as pessoas tendem a achar mais bonito e mais agradável visualmente. Para ele, a empresa que está disposta a investir na comunicação por conteúdo vai fazer o que mais agrada o público-alvo, ainda que os custos com impressão e distribuição sejam superiores. No entanto, os dados do estudo anual mostram que não se pode ignorar a escalada das outras plataformas, especialmente do conteúdo em vídeo. Tenho cases incríveis para mostrar por aqui em posts futuros.
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