quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sem Salvação

Capa da revista Salve, do bar Salve Jorge: proposta editorial confusa


Um post levinho para descontrair depois do feriado. Há umas duas semanas, eu estava na despedida da minha amiga Maris Orlowski, no Salve Jorge, um bar bacanudo no centro de São Paulo com filiais na Vila Madalena e na Vila Olímpia, quando presenciei o lançamento da revista customizada do bar, a "Salve", assinada pela Editora Saez. Antes de falar da revista, o evento de lançamento merece alguns comentários. A revista foi distribuída por uma moça simpática, que além da publicação, entregava uma trufa aos clientes. Logo em seguida, chegou a moça da capa, a modelo Ana Paula Minerato, a musa do Timão. Vestida com um microvestido branco, Ana Paula fez a festa dos marmanjos, clientes e funcionários do bar, autografando a revista debruçando-se sobre a mesa, em vez de sentar na cadeira...
A revista bimestral é mal feita e não tem uma proposta editorial clara a meu ver. A primeira coisa que chamou a minha atenção e das demais mulheres do bar foi o aspecto machista. A revista tem o ensaio sensual da garota da capa que ocupa seis páginas, além de mais duas moças de biquini e uma página dupla dedicada a uma entrevista com a Renata Banhara em trajes menores. Para tudo isso, apenas três páginas do modelo Pablo Oliveira sem camisa. Fora o apelo sensual, o resto é uma miscelânea: editorial de moda, coluna do humorista Claudio Cunha, receita de drinks, matéria sobre intercâmbio no Canadá, dicas de atividade física e uma matéria sobre os sinais que as meninas dão quando estão interessadas em algum cara.
A diagramação é mal feita e muito primária e comete o que para mim é um dos piores pecados na paginação: deixar as margens com pouco espaço de forma que os dedos cobrem o texto. A redação também é bem ruinzinha. Olha só o nariz de cera de abertura da matéria sobre os sinais que as mulheres emitem na hora da paquera:

Sinal vermelho, o motorista está parado e a rua está deserta. Por ansiedade, pressa ou qualquer outro motivo, ele observa a situação. Então, resolve engatar a primeira marcha e avançar. Dependendo de onde estiver, não há escapatória: uma multa por avançar o sinal e alguns pontos na carteira de habilitação.
Imagine que as regras semelhantes às do trânsito, guardadas as devidas proporções e finalidades, é claro, fossem aplicadas aos relacionamentos...

Sem salvação, minha gente. Vocês podem conferir tudo o que estou falando e concordarem ou discordarem no site da Revista Salve ou no Facebook da publicação.
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