quinta-feira, 11 de abril de 2013

Saída pela tangente



A Oi lançou na semana passada uma plataforma colaborativa chamada Como Faz. A ideia é aproximar os consumidores do mundo da tecnologia fazendo uso da linguagem didática dos tutoriais. Por enquanto, a plataforma conta com poucos vídeos encomendados pela Oi para ensinar, por exemplo, a ouvir melhor uma música pelo telefone ou apagar rápido uma mensagem que foi digitada incorretamente. A proposta é que os usuários também comecem a colaborar com os seus tutoriais, com um sistema de premiação para premiar os usuários mais ativos.

Eu já comentei por aqui que as operadoras de telefonia móvel, de uma forma geral, estão longe de estabelecer boas relações com os consumidores pelas experiências desagradáveis às quais elas frequentemente os expõem. A Oi é uma empresa que já há algum tempo investe em conteúdo para se relacionar com os clientes e, com esta iniciativa, acredito que buscou caminhos interessantes a serem explorados, o da tecnologia e o da colaboração.

Ao falar de tecnologia em relação aos aparelhos, a operadora pega carona na crescente venda de aparelhos mais sofisticados, ajuda o usuário a descobrir novos recursos e aborda um assunto que tangencia seu negócio sem falar exatamente do seu negócio. A colaboração também é um aspecto interessante, embora ainda seja muito cedo para avaliar se a plataforma vai conseguir uma quantidade razoável de conteúdo gerado por usuário.


terça-feira, 9 de abril de 2013

O banco que virou mídia

Estúdio in-house criado pelo banco dinamarquês para produzir seus próprios conteúdos

Vi um tweet esses dias do Content Market Institut (CMI) que me chamou muito a atenção. Falava sobre o banco da Dinamarca chamado Jyske Bank (parece que a pronúncia é You-ska). O fato é que eles apostaram tão forte no poder do brand content que invetiram na contrução de um estúdio in-house e passaram a produzir atrações sobre finanças e outros conteúdos que o banco acredita ser relevante para seus públicos principais, como jovens consumidores e pequenas audiências.

Todo o conteúdo está na web tv (Jyskebanktv.com) e o banco levou a sério a nova faceta de empresa de mídia contratando os melhores jornalistas país, produzindo conteúdo em inglês e em dinamarquês, bancando correspondentes espalhados pelo mundo. Parte do conteúdo produzido pelo banco também vai ao ar em uma rede nacional de televisão. Como o conteúdo é compartilhável, o Jyske Bank estima que 80% do conteúdo que produz é consumido fora de seu website e canais oficiais.

De acordo com o estudo de caso feito pelo CMI, as iniciativas em produção de conteúdo fizeram com que o banco revisse seus investimentos em marketing. Em vez de apelar para os tradicionais patrocínios, o Jyske Bank está interessado em fortalecer sua própria plataforma de mídia e está interessado em parcerias que o permitam fazer isso. Confira o vídeo que explica (em inglês) o funcionamento do Jyskebank.tv aqui.

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