segunda-feira, 23 de abril de 2012

A história é mais poderosa que a marca

                                                                                                                               
Em janeiro deste ano, eu fiz um curso de férias na ESPM chamado “Storytelling como ferramenta de Branding”, ministrado pelo professor Marcelo Douek. Eu, que estou sempre muito presa às histórias reais pela força da profissão, acabei tirando muito proveito das aulas, pois me permitiram ter mais contato com o universo da ficção e da criatividade, além de entender melhor do storytelling, que é uma tendência na produção de conteúdo para marcas. Por isso, vou testar aqui no blog uma semana temática sobre storytelling.
Douek tem estudado bastante o assunto e, além de abordar alguns conceitos do marketing, levou muitas ideias de roteiristas consagrados para a sala de aula, como McKee e JJ Abrams, roteirista e produtor de “Lost”. Uma das mensagens da aula que mais me chamou atenção foi de que a história é sempre mais poderosa que a marca. Daí faz todo sentido a colocação do executivo da BBC no post anterior sobre a marca sábia confiar no trabalho dos storytellers. O problema deve ser convencer os diretores de marketing disso.
Outras pinceladas das aulas do Douek que valem a pena ter em mente em relação a branding e storytelling:
- A definição de história: sequência de eventos organizados de forma especial que a torna capaz de influenciar pessoas, organizações e sociedades.
- A mensagem de JJ Abrams (“O mistério é o catalisador das emoções”). Histórias ensinam através de exemplos; histórias ensinam e motivam pessoas; histórias dão contexto e efeito de pertencimento (precisamos fazer parte de algo para nos sentirmos completos).
Para abrir a semana, um case do Ford Focus, que criou um personagem, o puppet Doug, que vira um porta-voz da marca. A campanha tem vídeos com o personagem em situações cômicas e um perfil do personagem no  Facebook.


2 comentários:

  1. Carol, o fato do Doug ser tão "assanhado" não prejudica a marca Focus de alguma forma? Seja pq ele chama muito a atenção e deixa o carro em segundo plano, seja pq associa o Focus a uma atitude de conquistador que alguns clientes do produto podem assumir até inconscientemente (afinal é o carro para quem "chegou lá")?

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    1. Oi, Fernando. Pois é, conheci este case da Ford neste curso da ESPM e fiquei com essa impressão também, mas achei apropriado colocar nest post em que falo sobre como a história deve se sobrepor à marca porque neste caso acho que os marketeiros da Ford foram destemidos e até ousados...assumiram um risco. O Doug realmente chama mais atenção que o carro, mas acredito que foi uma maneira que a montadora encontrou de repercurtir o lançamento de uma forma diferente e mais divertida entre os usuários da web. Veja que no FB há muita interação com os consumidores. Tenho certeza que todas as maravilhas do carro foram bem apresentadas num comercial tradicional de 30 segundos. O branded entertainment tem outra função. Obrigada pela visita e pelo comentário.

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