sexta-feira, 13 de julho de 2012

O potencial de um amor de balada


O vídeo do Daniel, que procura a Fernanda, o amor que ele encontrou e perdeu na balada causou comoção geral. Verdade ou viral de marca?

Tinha programado outra coisa para hoje, mas não queria deixar passar o tão comentado case do vídeo “Perdi meu amor na balada”. Eu o vi pela primeira vez na terça-feira, depois do feriado, no post de uma amiga que desejava “Boa Sorte” ao tal do Daniel que,  para quem esteve em Marte na última semana, explico que é um cara super boa pinta que gravou um vídeo para encontrar uma tal de Fernanda, que supostamente ele conheceu na balada em São Paulo no último sábado e, “muito cabeção”, ele perdeu o papel no qual ela havia anotado o telefone. Então, convencido pelos amigos, ele gravou um vídeo para tentar localizá-la, mas a única informação que ele tem sobre a garota é o primeiro nome.

Não demorou muito, minha timeline estava cheia de vídeos do Daniel, replicado por mocinhas derretidas e marmanjos (sim, marmanjos!) dando uma força pro brother. Até um perfil foi criado no Face com uma espécie de retrato falado da tal Fernanda. O fato é que, logo no dia seguinte, toda a fofura que existia em torno do vídeo começou a se desfazer e começaram os rumores de que o vídeo era na verdade um viral de marca, embora ainda não se saiba de quê. Conheci algumas hipóteses: um viral da Casa 92 (onde supostamente ele conheceu a Fernanda), um viral de um site de relacionamento chamado Segunda Chance, que tem como proposta reunir casais que se conheceram de maneira improvável e não foram lá muito hábeis na hora de trocar contatos, ou um viral de um novo aparelho de celular da Nokia.

Em abril, fiz por aqui um post com a diretora de mídia social da GAP, falando sobre os elementos que o conteúdo deve ser para viralizar:

“Ela explicou que há três motivos que fazem as pessoas compartilharem conteúdo: fortalecer conexões, ganhar status ou definir uma identidade coletiva. O conteúdo deve focar comunidades que têm interesses semelhantes. Chegando a esse grupo de pessoas, é preciso reconhecer as particularidades daquela cultura para que haja efeito amplificado na sociedade”.

Acho que o grande barato do vídeo do Daniel é que justamente ele tocou num ponto que arrebata toda a humanidade e preenche com uma só tacada os requisitos acima: todos nós ainda acreditamos no amor e também nos elementos surpresas que podem trazê-lo às nossas vidas. Fazendo uma análise objetiva, é lógico que tem todo jeito de um viral: um cara bonito e fofo dando sopa em balada (hum?), anotou o telefone da guria em um pedaço de papel (hum?), teve um momento tão especial durante a conversa com ela, mas só sabe o primeiro nome (hum?). O fato é que, se é um viral, apesar das falhas no script (que de repente são propositais, vai saber...), é muito bem feito e causou comoção geral com baixíssimo custo. Ponto para marca, seja ela qual for. Aqui estamos nós discutindo se é real ou não, porque apesar de tudo parecer tão improvável quanto encontrar um amor na balada, onde está escrito que isso não pode acontecer?

3 comentários:

  1. Carolzinha,
    Otimo texto. e era mesmo um viral, sim. Da Nokia. Se vc ainda não assistiu, veja o "final" da historia: https://www.youtube.com/watch?v=aA31u-nCMq0&feature=player_embedded

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  2. Pois é, vai ser tema do próximo post. Valeu, Babi!

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  3. Carol: me gustó mucho tu análisis sobre el tema.Soy Elsa.
    Daniel parece ser que encontró el AMOR y ella le anotó su número en un papel y tontamente lo extravió.
    En un mundo donde prima la tecnología es extraño que no apuntara su número en su celular ya que tanto le había impactado. Aún así la busqueda y en el encuentro con un Gran Amor es un deseo que nos une a todos en este mundo. Bravo Daniel!! pena que no sea Fernanda ja!ja!

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