segunda-feira, 28 de maio de 2012

Jornalismo de marca: isso pode, Arnaldo?

Tenho mostrado por aqui muitos cases de branded entertainment, mas, como jornalista, acho ainda mais instigante o tipo de custom content que lida com informação. É uma área muito delicada, pois, como descrevi na minha monografia, evoca duas áreas da comunicação aparentemente imiscíveis: o jornalismo e o marketing. Como trabalhar a favor dos valores de uma marca e, ao mesmo tempo, manter a qualidade do trabalho jornalístico?

O fato é que nas últimas semanas me deparei com alguns artigos que comentam justamente esse tema. Um deles encontrei no blog Writing Boots. Ele diz que a definição de branded journalism, termo bastante discutido no hemisfério de cima, vem da reunião de quatro fatores: ninguém escuta mais o marketing corporativo porque ele não transmite credibilidade; a mídia tradicional não é mais tão relevante; as pessoas ainda precisam da sensação de serem informadas e, finalmente, as organizações estão usando seus bolsos recheados para fazer jornalismo de credibilidade que tenha bons reflexos sobre suas marcas.

O blog de David Murray fala que justamente pela falta de espaço para o trabalho criativo (e pagamento!) dos jornalistas na mídia tradicional e da necessidade de informação dos consumidores, o branded journalism pode ser a personificação de um casamento perfeito. "É marca com storytelling, é storyteller com marca".

Outro artigo foi da revista canadense "Marketing", de 25 de maio, falando sobre o crescimento do branded journalism no Canadá. Não só agências americanas,mas também grandes jornais do país estão de olho nesta divisão do custom content. Vou trazer uns cases legais aqui para o blog nos próximos posts.

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